sexta-feira, 27 de março de 2009

Novo Capítulo

Hoje é o 12º dia deste novo ciclo. E foi dia de ir ter com GO para a rotineira ecografia de controle.
Depois de mais uma ecografia... NADA, absolutamente nada. Nada de folículos, nada de espessamento do endométrio. Útero sequinho foi, até, a expressão utilizada.
Decidiu-se que não valia a pena continuar a insistir com o Dufine. Decidiu-se parar. Decidiu-se passar a um médico especialista em infertilidade.
Foi um dia de mudanças. Senti-me mais triste e desamparada do que nunca.
E senti a tua falta M. E senti falta do teu apoio naquela hora. E lutei contra as lágrimas no consultório, e contra as lágrimas ao pé da minha irmã, e contra as lágrimas no supermercado e no mecânico.
Mas quando cheguei a casa, já não consegui lutar mais contra as lágrimas, e deixei-me levar por todos os medos, inseguranças, preocupações e pensamentos que me assolaram.

Hoje começou um novo capítulo de uma história, que se deseja, ter um final feliz.

terça-feira, 17 de março de 2009

Não, ainda não foi desta!

Depois de uma semana muito difícil, depois do faço ou não faço um teste de gravidez, depois de ter conseguido ficar menos ansiosa, a menstruação começa a fazer-se anunciar no sábado ao fim da manhã. Esteve assim tímida, pintada de castanho-café até domingo, mas chegou em força e em definitivo ontem de manhã.
Começamos hoje com novos comprimidos de Dufine, Estrofen e Duphaston. Iniciamos novo ciclo.
Voltámos a cair, e voltamos a recomeçar.
E recomeçaremos tantas vezes quantas aquelas as nossas forças e os nossos corpos permitirem. Porque um filho é um desejo do qual não queremos desistir.

sábado, 14 de março de 2009

A espera

Com alguma força de vontade, consegui controlar a ansiedade que me consumia.
Sendo assim resolvi não fazer para já um teste de gravidez e esperar, pacientemente mais alguns dias.
Objectivamente, sinto o meu corpo a enviar-me os normais sinais da menstruação que se aproxima: as dores de cabeça, as picadas no baixo ventre, a "instabilidade" intestinal, o peito pesado...
Como já aqui tinha dito de outras vezes, aceito muito melhor a vinda do periodo, do que a janela sem risca de um teste de gravidez. Concluí que prefiro esperar. Mesmo continuando nesta incerteza, mesmo sabendo que devo ter ovulado a 26, 27 ou 28, e que sendo assim já passaram, 17, 16 ou 15 dias.
Estamos ao 30º dia do ciclo, são 10 da manhã, e para já está tudo na mesma.
E eu vou esperar o melhor ou o pior durante mais alguns dias.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ansiedade ao 27 dia do ciclo

Acho que nunca me senti tão ansiosa, como nestes ultimos dias.
Estou no 27 dia do ciclo, sabendo que tinha um lindo fulículo.
Quando vou à casa de banho sai tudo limpinho.
Acho que tenho uma espécie de formigeiro no peito, mas não é constante. Sinto apenas de vez em quando.
Acho que estou com algumas dores nas costas.
Acho que de vez em quando tenho umas moinhas, daquelas de quando está para vir o periodo.
Acho, porque a ansiedade é tal que não sei se sinto mesmo estas coisas, ou se a minha cabeça me está a fazer sentir coisas.
Conto os dias no calendário e faço contas, muitas contas. Sei que nunca fui certa. Cientificamente também sei que a menstruação ocorre 14 dias depois da ovulação.
A minha ovulação deve ter sido dia 26, 27 ou 28 o mais tardar. O fim destes 14 dias é sexta-feira.
Conto as horas até sexta-feira. E para meu bem, se não houver outros desenvolvimentos até lá, será com a primeira urina desse dia que terminarei esta ansiedade. Para o que dêr e vier.
Porque preciso de tempo e da companhia do M. para me recompôr.
Porque desta vez a desilusão custará mil vezes mais do que de todas as outras vezes.
Porque quero ser capaz de passar 24 horas sem sequer pensar em bébes ou gravidez.
Principalmente porque que me sinto fisica e psicologicamente esgotada.

terça-feira, 3 de março de 2009

Mais um bébé na família

Ontem o M. deu-me a novidade. O primo N. e a M. estão à espera do seu primeiro filho.
Quando me ligou disse-me que tinha uma novidade, e se eu queria mesmo saber o que era. O meu primeiro pensamento foi: Quem é que está grávida desta vez!
Não quero parecer egoísta ou invejosa. Fico muito contente por eles. Mas será pedir muito que a felicidade deles não me entre pelos olhos e pelos ouvidos. Já sei que eles vão ter um filho. Mas não sou capaz de estar entre a restante família a comentar o feliz acontecimento. Apenas quero que vivam a felicidade deles e dos avós longe de mim. Porque não me quero desmanchar em lágrimas ao pé deles, porque não quero dar parte fraca, porque não quero admitir perante a família do M. o quanto eu sofro por não conseguirmos ter um filho.
Apesar do bom folículo da semana passada, estou muito ansiosa à espera que os dias passem. Fico a imaginar se o óvulo terá ou não sido fertilizado. Fico a imaginar se estará ou não uma nova vida a formar-se dentro de mim. Outras vezes penso que os bicharoco do M. não chegaram lá, e que assim um óvulo bom (e raro, está visto!) foi inutilizado!
Aguardo os acontecimentos seguintes em grande ansiedade. Conto os dias do ciclo que parecem que não passam e vivo na minha cabeça a boa ou má notícia.
Por esses dias, quando souber o veredicto deste ciclo e deste óvulo, farei 3 anos de casada. O M. fará 31 anos. Será o dia do pai, e o aniversário do meu sogro. Terei mais de 40 pessoas em casa para a festa de anos do M. E inevitavelmente irá falar-se no novo bébé a caminho, e as pessoas estarão felizes com isso.
Será que aguentarei tudo isto com um sorriso nos lábios se o veredicto for o negativo?