terça-feira, 23 de agosto de 2011

Desejo #1

... quero tanto decorar e preparar o teu quarto...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nunca contei isto a ninguém, mas gosto de falar contigo quando estou sozinha. De saber que estás algures à espera de vires ter comigo e com o pai.
Conto-te a história de como nos conhecemos, de tudo o que passámos juntos, da vontade que temos em te ter, da tua família que te adora sem sequer saber se vens ou não. Conto-te que não há maior amor do que este que sentimos por ti, na esperança que assim, talvez, chegues mais depressa. E tenho a certeza de que me ouves.
Falo contigo como qualquer mãe fala com o seu filho. Embalo-te nas minhas palavras, acaricio-te com as lágrimas que por vezes teimam em me escorrer pela cara. Vejo-te em todos os sorrisos do pai, em todas as gargalhadas dos tios e em todos os mimos dos avós.
Imagino cenários, histórias e coisas que gostava de fazer contigo. E deito-me a pedir para sonhar contigo, quase todos os dia.
És desejado por todos e amado incondicionalmente. Tens um quarto que será teu, um nome, tios, avós, primos e muitos amigos. Dois pais que se sentem irremediavelmente incompletos, apesar de poderem aparentar ter tudo para uma vida plena e feliz.
Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para te ter connosco e mesmo assim continuamos só os dois.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Da vida que se vai vivendo

Passaram-se 10 meses desde a última consulta. Dez meses desde que ouvi dizer que o novo centro de PMA ia abrir, e que não havia lista de esperas e que tudo seria rápido.
Nesses 10 meses, o centro abriu em Abril, começaram a chamar para FIV em Maio e eu continuei à espera. Esperei, telefonei, tentei informar-me. Sem me chamarem e sem me darem nenhum tipo de informação. Depois de alguma insistência descubro que o meu processo estava arquivado. E se não tivesse insistido, telefonado e perguntado, talvez nunca o tivessem descoberto. É-me feito um pedido de desculpas, pelo Dr.S., que me promete resolver a situação o mais rapidamente possível, pois já devia ter sido chamada a iniciar tratamento. Promete levar o meu processo à reunião da semana seguinte.
Chega a semana e eu sem novidades. Volto a ligar e pergunto pelo meu processo que deveria ter ido a reunião. Sou informada que o processo não tinha ido a reunião, e que também já não iria antes de Setembro, pois o Dr. S. tinha entrado de férias. Senti-me enganada e lubridiada e chorei como há já muito tempo não chorava.
E entretanto é Agosto e já passaram 10 meses.