segunda-feira, 26 de setembro de 2011

So happy!

Ao chegar de férias aguardava-me na caixa do correio a carta de que estou à espera hà quase um ano. Da nossa consulta para iniciar a FIV. E é já depois de amanhã...
Entretanto não tenho dormido muito bem, não me consigo concentrar nas mil e uma coisas que tenho para fazer, pois só consigo pensar na consulta de quarta-feira.
E assim renova-se a esperança de te ter comigo brevemente...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Desejo #1

... quero tanto decorar e preparar o teu quarto...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nunca contei isto a ninguém, mas gosto de falar contigo quando estou sozinha. De saber que estás algures à espera de vires ter comigo e com o pai.
Conto-te a história de como nos conhecemos, de tudo o que passámos juntos, da vontade que temos em te ter, da tua família que te adora sem sequer saber se vens ou não. Conto-te que não há maior amor do que este que sentimos por ti, na esperança que assim, talvez, chegues mais depressa. E tenho a certeza de que me ouves.
Falo contigo como qualquer mãe fala com o seu filho. Embalo-te nas minhas palavras, acaricio-te com as lágrimas que por vezes teimam em me escorrer pela cara. Vejo-te em todos os sorrisos do pai, em todas as gargalhadas dos tios e em todos os mimos dos avós.
Imagino cenários, histórias e coisas que gostava de fazer contigo. E deito-me a pedir para sonhar contigo, quase todos os dia.
És desejado por todos e amado incondicionalmente. Tens um quarto que será teu, um nome, tios, avós, primos e muitos amigos. Dois pais que se sentem irremediavelmente incompletos, apesar de poderem aparentar ter tudo para uma vida plena e feliz.
Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para te ter connosco e mesmo assim continuamos só os dois.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Da vida que se vai vivendo

Passaram-se 10 meses desde a última consulta. Dez meses desde que ouvi dizer que o novo centro de PMA ia abrir, e que não havia lista de esperas e que tudo seria rápido.
Nesses 10 meses, o centro abriu em Abril, começaram a chamar para FIV em Maio e eu continuei à espera. Esperei, telefonei, tentei informar-me. Sem me chamarem e sem me darem nenhum tipo de informação. Depois de alguma insistência descubro que o meu processo estava arquivado. E se não tivesse insistido, telefonado e perguntado, talvez nunca o tivessem descoberto. É-me feito um pedido de desculpas, pelo Dr.S., que me promete resolver a situação o mais rapidamente possível, pois já devia ter sido chamada a iniciar tratamento. Promete levar o meu processo à reunião da semana seguinte.
Chega a semana e eu sem novidades. Volto a ligar e pergunto pelo meu processo que deveria ter ido a reunião. Sou informada que o processo não tinha ido a reunião, e que também já não iria antes de Setembro, pois o Dr. S. tinha entrado de férias. Senti-me enganada e lubridiada e chorei como há já muito tempo não chorava.
E entretanto é Agosto e já passaram 10 meses.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Da fertilidade dos outros...

Ultimamente é como se andasse anestesiada. Os amigos grávidos sucedem-se uns atrás dos outros, e todos como muito pouca sensibilidade na maneira como me dão a notícia. Sinto-me feliz por eles. A sério que sinto. Por não fazerem a mínima ideia do que é passar por isto. Deste aperto que se sente, deste nó na garganta que fica depois de alguém nos dizer "Estamos grávidos". Porque se somos amigos, e sabendo eles da nossa situação, custava muito dizerem-nos que estão a tentar, ou darem-me a notícia em privado, em vez de me fazerem passar pelo tormento de ter de sorrir e dar beijinhos aos futuros papás, quando naquele momento o que preciso é de respirar fundo e deixar que a notícia penetre na minha mente antes de conseguir esboçar o primeiro sorriso. Porque na mesma semana ficar a saber de mais 3 bebés a caminho, e de sérmos agora os únicos sem filhos não é fácil. Porque não são só os bébés a caminho. São as comversas que agora só giram à volta de roupa de grávida, sintomas de grávida, barrigas, ecografias, consultas, toxoplasmose, o melhor carrinho, onde comprar o berço, as fraldas, as cadeirinhas, as lojas com as roupinhas mais bonitas.... Porque o difícil, não é ficar feliz com a felicidade dos outros. Mas eu não posso nem quero tomar partes nestas conversas e fingir que fico bem com isto. Porque na realidade não fico. Quase que é caso para dizer"Procuram-se novos amigos. Sem filhos. Para manter a sanidade mental."

quarta-feira, 16 de março de 2011

Depois de muito tempo...

Já passou muito tempo desde que aqui vim a ultima vez. Mas apesar de todo o tempo que passou, tudo continua na mesma - pelo menos neste campo.
Continuo à espera que me chamem para a FIV. O que deveria ser no início do ano está a arrastar-se um pouco mais do que eu esperava. Não sei se vai demorar muito mais ou não. Deveria ligar para saber alguma coisa, mas prefiro ficar nesta ignorância mais um tempo.
Desculpa bébé!
Não é que não queira saber de ti. Não é que não te deseje cada vez mais. Mas o tempo vai passando e eu luto sem saber se ter devo continuar a amar, ou se devo descansar e esperar que venhas realmente.
Outras coisas estão a correr bem. Era optimo que viesses, pois seria o ponto alto de um ano que me está a ser muito bom. Mas acredita que seria muito melhor contigo.
Todos os dias abro a caixa do correio na esperança de encontrar a carta que finalmente dará início a este preocesso. Ainda não chegou. E eu continuo com o meu dia.
A ver os bébés a crescerem e multiplicarem-se à minha volta. A pegar-lhes, beijá-los e a amá-los também. Não com inveja, mas pensando que isso poderá ser o mais perto que tenho de ter um bébé nas mãos.
Não devemos jamais ser derrotistas. E eu não sou. Sou alegre, comunicativa, positiva. Mas nunca me posso esquecer que a possibilidade real de nunca ter um filho existe. Está presente.
Será que virás bébé?