quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nunca contei isto a ninguém, mas gosto de falar contigo quando estou sozinha. De saber que estás algures à espera de vires ter comigo e com o pai.
Conto-te a história de como nos conhecemos, de tudo o que passámos juntos, da vontade que temos em te ter, da tua família que te adora sem sequer saber se vens ou não. Conto-te que não há maior amor do que este que sentimos por ti, na esperança que assim, talvez, chegues mais depressa. E tenho a certeza de que me ouves.
Falo contigo como qualquer mãe fala com o seu filho. Embalo-te nas minhas palavras, acaricio-te com as lágrimas que por vezes teimam em me escorrer pela cara. Vejo-te em todos os sorrisos do pai, em todas as gargalhadas dos tios e em todos os mimos dos avós.
Imagino cenários, histórias e coisas que gostava de fazer contigo. E deito-me a pedir para sonhar contigo, quase todos os dia.
És desejado por todos e amado incondicionalmente. Tens um quarto que será teu, um nome, tios, avós, primos e muitos amigos. Dois pais que se sentem irremediavelmente incompletos, apesar de poderem aparentar ter tudo para uma vida plena e feliz.
Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para te ter connosco e mesmo assim continuamos só os dois.

Sem comentários: