Depois de mais de 60 dias de ciclo o periodo apareceu esta manhã. Fiquei tão feliz!
Poderia finalmente iniciar o novo tratamento pelo qual anseio há tanto tempo. Segundo as indicações da ultima consulta quarta-feira começaria as "picas" (3º dia do ciclo) e lá para segunda ou terça da próxima semana, logo no inicio do novo ano faria a ecografia de controlo. Tudo parecia estar a correr bem.
Mas foi só ligar para a Maternidade ,para avisar do início do tratamente e marcar a ecografia de controle, que esta felicidade acabou.
Ao ligar, para dar conhecimento do inicio do tratamento a enfermeira da consulta de infertilidade dá-me logo a notícia de que o Sr. Dr. estava de férias e que só viria dia 4 de Janeiro, dia em que as minhas picas acabariam e dia em que deveria fazer a ecografia de controle. Uma vez que ela não sabia se o Dr, poderia ver-me ou não nesses dias, era melhor eu só começar o tratamento no próximo ciclo, pois era muito arriscado começar agora sem saber como seriam as consultas do Sr. Dr. logo no inicio do ano, uma vez que eu não poderia deixar de fazer as ecografias de controle.
Desliguei o telefone e chorei. E chorei. E chorei. Senti-me destroçada. Desde Abril que espero para começar um novo tratamento. Que fiz exames atrás de exames.
Desde Novembro que tenho as picas para fazer e aguardei pacientemente o periodo que demorou 2 meses a chegar,
E agora, agora que me veio o periodo e que posso começar a fazer alguma coisa tenho de esperar mais um ciclo? Um ciclo que eu não sei se demora 30, 40, 60, 80 dias?
É tão injusto, não é?
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Desde a ultima vez!
Passou 1 mês desde a ultima vez que aqui escrevi, e algumas coisas têm acontecido.
A minha amiga C. está grávida do segundo filho. Deu-me a notícia um pouco a medo, tenho de admitir. Mas o que mais me impressionou foi nem ela nem o marido estarem particularmente com esta nova gravidez. Aconteceu. Foi o que me disseram. E dizer que está farta dos enjoos, que está farta de se sentir assim, se a gravidez do primeiro filho tivesse sido assim jamais teria pensado num segundo, que não está a gostar de estar grávida... E o pai, depois de lhe darem os parabens dizer "parabéns de quê? Vamos lá ver o que isto dá!"...
E nós que estamos há 2 anos para engravidar ainda tivemos de ouvir isto como se fosse a coisa mais natural do mundo...
Para além disso, fui convidada para madrinha do T., o filho de 4 meses da minha amiga RP. Este foi, sem dúvida o momento alto do mês. Sei que o convite é feito do coração, porque realmente acham que eu sou a pessoa indicada e não por pena. Fiquei com a lágrima no canto do olho... E muito, mas mesmo muito feliz por ir ter este primeiro afilhado com todo o significado!
Quanto ao novo tratamento, e apesar de já ter ido comprar o medicamento, ainda não me veio o periodo, portanto a espera continua. Hoje estou no 36º dia do ciclo. E continuo a aguardar novos desenvolvimentos.
A minha amiga C. está grávida do segundo filho. Deu-me a notícia um pouco a medo, tenho de admitir. Mas o que mais me impressionou foi nem ela nem o marido estarem particularmente com esta nova gravidez. Aconteceu. Foi o que me disseram. E dizer que está farta dos enjoos, que está farta de se sentir assim, se a gravidez do primeiro filho tivesse sido assim jamais teria pensado num segundo, que não está a gostar de estar grávida... E o pai, depois de lhe darem os parabens dizer "parabéns de quê? Vamos lá ver o que isto dá!"...
E nós que estamos há 2 anos para engravidar ainda tivemos de ouvir isto como se fosse a coisa mais natural do mundo...
Para além disso, fui convidada para madrinha do T., o filho de 4 meses da minha amiga RP. Este foi, sem dúvida o momento alto do mês. Sei que o convite é feito do coração, porque realmente acham que eu sou a pessoa indicada e não por pena. Fiquei com a lágrima no canto do olho... E muito, mas mesmo muito feliz por ir ter este primeiro afilhado com todo o significado!
Quanto ao novo tratamento, e apesar de já ter ido comprar o medicamento, ainda não me veio o periodo, portanto a espera continua. Hoje estou no 36º dia do ciclo. E continuo a aguardar novos desenvolvimentos.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A consulta de ontem...
Ontem foi navamente dia de consulta.
Não ia nervosa, mas queria algo. Queria sair de lá com alguma resposta, alguma indicação, algum caminho a seguir.
Desde Abril que tem sido exame atrás de exame, análise atrás de análise e a espera pelo dia certo do ciclo. E a espera por poder fazere algo que ajuda à tua chegada.
Depois de na ultima consulta o Dr.S. ter falado na laparoscopia, eu só ia a pensar que se for para a fazer que seja já!
Mas não. Depois de ver os resultados das minhas análises à progesterona, e de ter feito mais uma ecografia ao meus ovários, acho mesmo que o caminho a seguir com os meus ovários poliquísticos era mesmo passarmos para as injecções de Puregon, e tentarmos assim a estimulação e uma gravidez natural.
Agora só tenho de esperar pelo periodo e ao terceio dia do ciclo começar com as famosas "picas".
A enfermeira, simpática como sempre, lá me deu uma caneta e me explicou como a usar. E lá saí eu do consultório com a receita na mão e a rezar que o periodo não demore, como neste ultimo ciclo, 50 dias a aparecer! (este ultimo ciclo durou de 9 de Setembro a 28 de Outubro!)
Depois, passados 6 dias de picas lá começam as ecografias de controlo... E depois logo se saberá como o copo reage, e o que fazer a seguir.
Mais um passo está dado para que tu chegues até nós.
E eu estou com grandes expectativas com este tratamento. Não o posso negar. Sei que vou andar ansiosa, a contar dias do ciclo, a pensar de estará ou não a dar resultado. Mas por ti, não me importo de passar tudo isto. As "picas", a dor física e psicológica, as ecografias, o corre-corre para as consultas... Tudo em busca de ti!
Não ia nervosa, mas queria algo. Queria sair de lá com alguma resposta, alguma indicação, algum caminho a seguir.
Desde Abril que tem sido exame atrás de exame, análise atrás de análise e a espera pelo dia certo do ciclo. E a espera por poder fazere algo que ajuda à tua chegada.
Depois de na ultima consulta o Dr.S. ter falado na laparoscopia, eu só ia a pensar que se for para a fazer que seja já!
Mas não. Depois de ver os resultados das minhas análises à progesterona, e de ter feito mais uma ecografia ao meus ovários, acho mesmo que o caminho a seguir com os meus ovários poliquísticos era mesmo passarmos para as injecções de Puregon, e tentarmos assim a estimulação e uma gravidez natural.
Agora só tenho de esperar pelo periodo e ao terceio dia do ciclo começar com as famosas "picas".
A enfermeira, simpática como sempre, lá me deu uma caneta e me explicou como a usar. E lá saí eu do consultório com a receita na mão e a rezar que o periodo não demore, como neste ultimo ciclo, 50 dias a aparecer! (este ultimo ciclo durou de 9 de Setembro a 28 de Outubro!)
Depois, passados 6 dias de picas lá começam as ecografias de controlo... E depois logo se saberá como o copo reage, e o que fazer a seguir.
Mais um passo está dado para que tu chegues até nós.
E eu estou com grandes expectativas com este tratamento. Não o posso negar. Sei que vou andar ansiosa, a contar dias do ciclo, a pensar de estará ou não a dar resultado. Mas por ti, não me importo de passar tudo isto. As "picas", a dor física e psicológica, as ecografias, o corre-corre para as consultas... Tudo em busca de ti!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Os teus pais
Lembras-te de te ter dito que tens uns pais muito especiais?
Não quero com isto dizer que somos melhores ou piores que todos os outros. Mas acho que temos características que nos fazem sentir diferentes em relação aos outros.
Começamos a namorar quando tinhamos 18 anos, apesar de nos termos conhecido e de sermos amigos 3 anos antes.
Namoramos 9 anos e 3 meses até finalmente nos termos casado. Enquanto nos formamos como adultos, enquanto estudamos, enquanto criamos os nossos laços de amizade fomos sempre namorados. Isso fez com que nos adaptassemos um ao outro. Nem sempre foi fácil, mas gostavamos mesmo muito um do outro e fomos ultrapassando todos os obstáculos e incentivos que a vida nos foi dando juntos.
Talvez por isso temos um no outro o nosso melhor amigo. Se há alguem com quem eu partilho todos os meus medos, receios, inseguranças, alegrias sem nenhum tabu, e sem nenhum filtro, é com o teu pai. E ele faz o mesmo comigo. Sempre nos apoiamos um no outro. Antes de sermos namorados, marido e mulher, amantes, somos acima de tudo grandes amigos que se sentem à vontade para falar de tudo.
Claro que temos outros amigos. Mas mais facilmente partilhamos as coisas um com o outro, do que com os nossos amigos. Sabes aqueles segredos que só contamos ao nosso melhor amigo? Eu só conto ao pai. E ele a mim.
De mim, não vou falar muito. Tenho muitas qualidades mas ainda mais defeitos. O teu pai diz que eu estou sempre a refilar. Mas além de ser refilona, sou teimosa e digo sempre aquilo que penso. Defendo as minhas opiniões mesmo que mais ninguém pense como eu, e não me deixo levar por aquilo que os outros pensam.
Mas sou também simpática e afável. Gosto muito dos meus amigos e faço tudo por eles. Gosto muito da minha família apesar de discutirmos todos muitas vezes - mas é assim que disfuncionalmente funcionamos.
Não dou muita importancia à minha vida profissional, porque desde muito cedo achei que era à parte familiar que mais me queria dedicar. Não só por mim, mas também porque o pai tem um emprego muito exigente, por isso essa minha ideia passou a fazer ainda mais sentido depois de falar isso com o pai. Mas tu, meu amor, tardas em chegar... E essa parte da minha vida tarda em se concretizar.
Sou bastante activa e gosto de me dedicar a coisas onde o meu esforço seja aplicado a ajudar os outros.
Tenho uma imaginação bastante fertil, e tenho muitas ideias de muitas coisas. Algumas que consigo concretizar, e outras que ficam pelo caminho.
Tenho muito jeito para trabalhos manuais. Gosto de cozinhar, de moda, de decoração. Gosto de projectos de DIY e de montar móveis do IKEA.
Não gosto de tarefas domésticas como lavar casas de banho, aspirar ou limpar o pó. Não gosto de me deitar cedo. Não gosto de saídas com a família toda em estilo de "carneirada!"
Gosto muito de praia, de crianças, de ver séries na tv e de lêr.
Sou do FCP (com muita pena do teu pai que é Benfiquista, mas não liga absolutamente nada a futebol!)
Isto é apenas um pouco de mim... Com o tempo vais ver que sou uma pessoa um pouco complicada, mas com um grande coração.
Quanto ao teu pai. Não sei que te diga sobre ele. É uma pessoa maravilhosa, bem formada e com paciência do tamanho do mundo.
É um excelente profissional, e bastante dedicado ao trabalho. Não tenho dúvidas nenhumas que me (nos) ama acima de tudo e faz o possível e o impossível para nos ver felizes.
Não gosta de dormir muito, de andar mal vestido e de falar muito de manhã ao acordar.
Adora TT (e espero que aí sejas mais entusiasta do que eu, para ele ter uma companhia para os passeios dele!)
Gosta de informática e é a ele que recorrem os nossos conhecidos de cada vez que há um problema.
Ajuda em todas as tarefas domésticas que é preciso fazer. E sabe fazer tudo, até passar as camisas dele.
Adora encher-me de mimos, mas quando acha que é preciso é o primeiro a chamar-me a pôr os pés na terra.
Está sempre pronto para os amigos e para a familia. Não sabe dizer que não.
Gosta muito dos meus cozinhados. De receber os amigos. De programas sobre carros e contruções. Não liga nada a futebol, nem a desporto em geral.
Gosta de passear, de praia e não é fã de actividade física.
É a melhor pessoa que eu conheço, quase perfeita, com um sentido de integridade e honestidade difícil de encontrar.
Acima de tudo acho que nascemos um para o outro. Talvez por isso tenhamos tido a sorte de nos cruzarmos tão cedo na vida. Mas talvez por isso nunca mais nos separamos e temos já quase 13 anos de vida juntos. O que é pouco menos de metade da nossa vida.
Por vezes não percebo porque temos de esperar tanto por ti. Quando tudo o que queremos e desejamos é ver o nosso amor a ter continuidade através de ti. De seres uma reflexo de tudo aquilo que sentimos um pelo outro.
Mas tu tardas em vir. E em conhecer estes pais que tanto te querem.
Não quero com isto dizer que somos melhores ou piores que todos os outros. Mas acho que temos características que nos fazem sentir diferentes em relação aos outros.
Começamos a namorar quando tinhamos 18 anos, apesar de nos termos conhecido e de sermos amigos 3 anos antes.
Namoramos 9 anos e 3 meses até finalmente nos termos casado. Enquanto nos formamos como adultos, enquanto estudamos, enquanto criamos os nossos laços de amizade fomos sempre namorados. Isso fez com que nos adaptassemos um ao outro. Nem sempre foi fácil, mas gostavamos mesmo muito um do outro e fomos ultrapassando todos os obstáculos e incentivos que a vida nos foi dando juntos.
Talvez por isso temos um no outro o nosso melhor amigo. Se há alguem com quem eu partilho todos os meus medos, receios, inseguranças, alegrias sem nenhum tabu, e sem nenhum filtro, é com o teu pai. E ele faz o mesmo comigo. Sempre nos apoiamos um no outro. Antes de sermos namorados, marido e mulher, amantes, somos acima de tudo grandes amigos que se sentem à vontade para falar de tudo.
Claro que temos outros amigos. Mas mais facilmente partilhamos as coisas um com o outro, do que com os nossos amigos. Sabes aqueles segredos que só contamos ao nosso melhor amigo? Eu só conto ao pai. E ele a mim.
De mim, não vou falar muito. Tenho muitas qualidades mas ainda mais defeitos. O teu pai diz que eu estou sempre a refilar. Mas além de ser refilona, sou teimosa e digo sempre aquilo que penso. Defendo as minhas opiniões mesmo que mais ninguém pense como eu, e não me deixo levar por aquilo que os outros pensam.
Mas sou também simpática e afável. Gosto muito dos meus amigos e faço tudo por eles. Gosto muito da minha família apesar de discutirmos todos muitas vezes - mas é assim que disfuncionalmente funcionamos.
Não dou muita importancia à minha vida profissional, porque desde muito cedo achei que era à parte familiar que mais me queria dedicar. Não só por mim, mas também porque o pai tem um emprego muito exigente, por isso essa minha ideia passou a fazer ainda mais sentido depois de falar isso com o pai. Mas tu, meu amor, tardas em chegar... E essa parte da minha vida tarda em se concretizar.
Sou bastante activa e gosto de me dedicar a coisas onde o meu esforço seja aplicado a ajudar os outros.
Tenho uma imaginação bastante fertil, e tenho muitas ideias de muitas coisas. Algumas que consigo concretizar, e outras que ficam pelo caminho.
Tenho muito jeito para trabalhos manuais. Gosto de cozinhar, de moda, de decoração. Gosto de projectos de DIY e de montar móveis do IKEA.
Não gosto de tarefas domésticas como lavar casas de banho, aspirar ou limpar o pó. Não gosto de me deitar cedo. Não gosto de saídas com a família toda em estilo de "carneirada!"
Gosto muito de praia, de crianças, de ver séries na tv e de lêr.
Sou do FCP (com muita pena do teu pai que é Benfiquista, mas não liga absolutamente nada a futebol!)
Isto é apenas um pouco de mim... Com o tempo vais ver que sou uma pessoa um pouco complicada, mas com um grande coração.
Quanto ao teu pai. Não sei que te diga sobre ele. É uma pessoa maravilhosa, bem formada e com paciência do tamanho do mundo.
É um excelente profissional, e bastante dedicado ao trabalho. Não tenho dúvidas nenhumas que me (nos) ama acima de tudo e faz o possível e o impossível para nos ver felizes.
Não gosta de dormir muito, de andar mal vestido e de falar muito de manhã ao acordar.
Adora TT (e espero que aí sejas mais entusiasta do que eu, para ele ter uma companhia para os passeios dele!)
Gosta de informática e é a ele que recorrem os nossos conhecidos de cada vez que há um problema.
Ajuda em todas as tarefas domésticas que é preciso fazer. E sabe fazer tudo, até passar as camisas dele.
Adora encher-me de mimos, mas quando acha que é preciso é o primeiro a chamar-me a pôr os pés na terra.
Está sempre pronto para os amigos e para a familia. Não sabe dizer que não.
Gosta muito dos meus cozinhados. De receber os amigos. De programas sobre carros e contruções. Não liga nada a futebol, nem a desporto em geral.
Gosta de passear, de praia e não é fã de actividade física.
É a melhor pessoa que eu conheço, quase perfeita, com um sentido de integridade e honestidade difícil de encontrar.
Acima de tudo acho que nascemos um para o outro. Talvez por isso tenhamos tido a sorte de nos cruzarmos tão cedo na vida. Mas talvez por isso nunca mais nos separamos e temos já quase 13 anos de vida juntos. O que é pouco menos de metade da nossa vida.
Por vezes não percebo porque temos de esperar tanto por ti. Quando tudo o que queremos e desejamos é ver o nosso amor a ter continuidade através de ti. De seres uma reflexo de tudo aquilo que sentimos um pelo outro.
Mas tu tardas em vir. E em conhecer estes pais que tanto te querem.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Assim vamos andando...
Já fomos e viemos de férias. Foi bom, muito bom. Só os dois durante 10 dias. Sem mais ninguém. Partilhámos o sol e a praia. E os silêncios. E os passeios à beira-mar. E os dias de chuva, que também os houve.
Namorámos muito, como já não faziamos há algum tempo. Tivemos tempo para nós.
Chegamos a casa e houve mais umas análises (minhas, à progesterona) para fazer. E lentamente voltamos à rotina.
(M., já foste embora outra vez. E eu voltei a ficar aqui sozinha. E depois de estarmos só os 2, voltou a custar-me ficar de novo só. Aos poucos também eu volto a esta rotina.)
Quanto a ti meu filho... Nestes dias não pensei muito em ti. Não penses que te esqueço, pois raramente sais do pensamento desta mãe que te quer muito. Mas guardo-te, como se fosses uma prenda preciosa num cofre, onde só vou de vez em quando.
Voltei a estar com a RP e com o bébé T. E ao olhar para ele tive de te ir buscar e pensar em ti. Em como serás se algum dia vieres até mim. Que boquinhas farás ao dormir... Quantas fraldas sujarás por dia. Quantas vezes acordarás para dormir... Fez-me bem pensar em ti. E voltar a desejar-te como só alguem que quer muito um filho è capaz de perceber.
E hoje, agora mesmo, voltei a pensar em ti. Porque a tua bisavó C. me disse que a prima S está grávida do segundo bébé, e que ainda é segredo. E eu quase instintivamente te imaginei dentro de mim. De como seriam os teus pontapés, e os teus soluços. E quais seriam os enjoos que me darias...
E voltei hoje a contar os dias do calendário para perceber que estou no 31º dia do ciclo. Sem ainda nenhum sintoma, mas consciente de que de nada me vale criar ilusões. Já percebi que a tua chegada será demorada, e que ainda antes de vires queres fazer um "teste" à nossa resistência, paciência e perseverança.
Ainda não sabes, pois não nos conheces... Mas tens uns pais muito especiais!
Namorámos muito, como já não faziamos há algum tempo. Tivemos tempo para nós.
Chegamos a casa e houve mais umas análises (minhas, à progesterona) para fazer. E lentamente voltamos à rotina.
(M., já foste embora outra vez. E eu voltei a ficar aqui sozinha. E depois de estarmos só os 2, voltou a custar-me ficar de novo só. Aos poucos também eu volto a esta rotina.)
Quanto a ti meu filho... Nestes dias não pensei muito em ti. Não penses que te esqueço, pois raramente sais do pensamento desta mãe que te quer muito. Mas guardo-te, como se fosses uma prenda preciosa num cofre, onde só vou de vez em quando.
Voltei a estar com a RP e com o bébé T. E ao olhar para ele tive de te ir buscar e pensar em ti. Em como serás se algum dia vieres até mim. Que boquinhas farás ao dormir... Quantas fraldas sujarás por dia. Quantas vezes acordarás para dormir... Fez-me bem pensar em ti. E voltar a desejar-te como só alguem que quer muito um filho è capaz de perceber.
E hoje, agora mesmo, voltei a pensar em ti. Porque a tua bisavó C. me disse que a prima S está grávida do segundo bébé, e que ainda é segredo. E eu quase instintivamente te imaginei dentro de mim. De como seriam os teus pontapés, e os teus soluços. E quais seriam os enjoos que me darias...
E voltei hoje a contar os dias do calendário para perceber que estou no 31º dia do ciclo. Sem ainda nenhum sintoma, mas consciente de que de nada me vale criar ilusões. Já percebi que a tua chegada será demorada, e que ainda antes de vires queres fazer um "teste" à nossa resistência, paciência e perseverança.
Ainda não sabes, pois não nos conheces... Mas tens uns pais muito especiais!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Enquanto tu não chegas...
Enquanto não chegas para me preencher a vida e a cabeça, aqui a tua mãe vai-se "preocupando" e ocupando a sua vidinha com merdas!
Quando fores grande eu deixo-te lêr isto!
Vais ter que me desculpar, mas ao fim de quase 2 anos tive de começar a ocupar o blogue sobre ti, com as futilidades sobre a minha vida enquanto espero que chegues!
É que filho, enquanto não somos mais, fica aqui o registo para a posteridade do que me vai na alma durante esta espera!
Quando fores grande eu deixo-te lêr isto!
Vais ter que me desculpar, mas ao fim de quase 2 anos tive de começar a ocupar o blogue sobre ti, com as futilidades sobre a minha vida enquanto espero que chegues!
É que filho, enquanto não somos mais, fica aqui o registo para a posteridade do que me vai na alma durante esta espera!
sábado, 19 de setembro de 2009
Casamentos II...
Digo eu, que ninguém me ouve, (pelo menos aqui)!
Não vos parece que, se num grupo de amigos são todos informados de que alguém vai casar, ficam todos convencidos que estão convidados. Certo?
Errado!
Eu não fui convidada. Todos os outros foram. Fiquei sem perceber se não fui convidada, porque não, ou se não fui convidada porque já se sabia que tinha um casamento para o mesmo dia ao qual jamais iria faltar. Fiquei sem saber.
O que eu sei é que isso não invalidava o facto de me terem convidado também. Para os noivos seria indiferente, pois já sabiam que não iriamos.
Mas como eu ando azeda (estou cada vez mais parecida com a minha avó Ce.), comprei uma lembrancinha para dar aos noivos. E escrevi o cartão. Diz o seguinte:
"Eu sei que não fizemos parte do vosso dia, mas mesmo assim não nos esquecemos de vocês.
Aqui fica um miminho para a vossa nova vida. Felicidades dos amigos, J. e M."
É para perceberem que não caiu bem. Nada bem!
Não vos parece que, se num grupo de amigos são todos informados de que alguém vai casar, ficam todos convencidos que estão convidados. Certo?
Errado!
Eu não fui convidada. Todos os outros foram. Fiquei sem perceber se não fui convidada, porque não, ou se não fui convidada porque já se sabia que tinha um casamento para o mesmo dia ao qual jamais iria faltar. Fiquei sem saber.
O que eu sei é que isso não invalidava o facto de me terem convidado também. Para os noivos seria indiferente, pois já sabiam que não iriamos.
Mas como eu ando azeda (estou cada vez mais parecida com a minha avó Ce.), comprei uma lembrancinha para dar aos noivos. E escrevi o cartão. Diz o seguinte:
"Eu sei que não fizemos parte do vosso dia, mas mesmo assim não nos esquecemos de vocês.
Aqui fica um miminho para a vossa nova vida. Felicidades dos amigos, J. e M."
É para perceberem que não caiu bem. Nada bem!
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Casamentos I...
Amanhã tenho um casamento! De uns amigos queridos. Mas no outro dia "passei-me" com a seguinte frase do noivo:
"Para o ano por esta altura a ***tinha já vai estar grávida!"
Deve ser tão bom ter certezas dessas!
"Para o ano por esta altura a ***tinha já vai estar grávida!"
Deve ser tão bom ter certezas dessas!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Há dias assim...
Hoje acordei assim. Triste. A sentir-me sozinha.
Eu sei que tens muito trabalho, e que andas muito cansado... Mas sinto tanto a tua falta! "Esqueces-te" de mim. O que nunca costumava acontecer!
Sinto falta dos miminhos, das surpresas, dos gestos espontâneos, dos dias 23 que tinhamos. Das sms ao acordar ou deitar!
Eu sei que as responsabilidades profissionais que tens agora te deixam esgotado. Eu sei que precisas mesmo de férias (está quase!). Mas eu também preciso de ti, do teu tempo, da tua atenção.
(Já me basta faltarem as outras coisas... Não me faltes tu!)
Eu sei que tens muito trabalho, e que andas muito cansado... Mas sinto tanto a tua falta! "Esqueces-te" de mim. O que nunca costumava acontecer!
Sinto falta dos miminhos, das surpresas, dos gestos espontâneos, dos dias 23 que tinhamos. Das sms ao acordar ou deitar!
Eu sei que as responsabilidades profissionais que tens agora te deixam esgotado. Eu sei que precisas mesmo de férias (está quase!). Mas eu também preciso de ti, do teu tempo, da tua atenção.
(Já me basta faltarem as outras coisas... Não me faltes tu!)
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Enquanto não somos mais...
Enquanto não somos mais, a nossa vida continua. Porque a vida é o que vai acontecendo enquanto fazemos planos...
E por estas e outras razões, a minha vida está paradíssima!
Pior do que as horas do dia não chegarem para tudo aquilo que se tem para fazer, é ter horas do dia em que não se sabe que mais inventar para fazer ...
E por estas e outras razões, a minha vida está paradíssima!
Pior do que as horas do dia não chegarem para tudo aquilo que se tem para fazer, é ter horas do dia em que não se sabe que mais inventar para fazer ...
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Periodo!
O meu corpo é mesmo surpreendente. Depois de ter andado a fazer ciclos de 60, 80 dias, e de com duphaston, dufines e estrofeme ter feito ciclos de cerca de 40 dias, agora, que não tomo nada hà meses, tive 2 ciclos de 40 dias, o anterior de 33, e este agora de 30!
Veio-me portanto hoje o periodo.
Daqui a 23 dias faço nova análise, e depois aguardo até ao dia 2 de Novembro para ter nova consulta e saber o que fazer...
Já só tenho 1 pedido.... Até ao final do ano saber o tratamento a seguir....
Veio-me portanto hoje o periodo.
Daqui a 23 dias faço nova análise, e depois aguardo até ao dia 2 de Novembro para ter nova consulta e saber o que fazer...
Já só tenho 1 pedido.... Até ao final do ano saber o tratamento a seguir....
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
A consulta
Depois de chegar às 8h30, lá fui atendida por volta das 10h30. Nada mal achei eu... Desta vez fui sozinha pois o M. tinha mesmo de estar a horas no emprego!
Ora bem, bato à porta, entro e eis que vejo no lugar do Dr. S. uma médica novinha. O Dr. mudou de sexo e rejuvenesceu 30 anos!
Afinal, e para meu azar, estava numa cirurgia de urgência. A outra médica lá me atendeu, reviu o meu processo, viu o espermograma (que estava optimo., mas isso já sabiamos!) e depois não me fez nada... Não sabia o que fazer comigo. Portanto lá tive que esperar que o Dr. S. saísse da cirurgia para me dizer os passos seguimtes a tomar.
Então, ao fim de mais algumas horas de espera falei finalmente com ele.
A conversa foi surpreendente e reveladora. O Dr. S. inclina-se cada vez mais para um problema de trompas. Acho que não é o meu há muito diagnosticado problema de ovulação que, apesar de existente nos está a impedir de engravidar. E desde o exame às trompas que ele me disse que não gostava muito delas...
Para já fiz mais uma análise à progesterona e, para o próximo mês farei outra. O Dr. quer ter a certeza se eu ovulo ou não... É que eu tenho tido ciclos minimamente regulares, e o espermograma é bastante bom. E sempre foi da sua opinião que o meu exame às trompas foi inconclusivo!
Segundo o que me foi explicado, se as ovulações estiverem a acontecer, não me livro de uma laparoscopia exploratória para se poder efectivamente concluir que o problema está nas trompas...
Nova consulta dia 2 de Novembro!
Ora bem, bato à porta, entro e eis que vejo no lugar do Dr. S. uma médica novinha. O Dr. mudou de sexo e rejuvenesceu 30 anos!
Afinal, e para meu azar, estava numa cirurgia de urgência. A outra médica lá me atendeu, reviu o meu processo, viu o espermograma (que estava optimo., mas isso já sabiamos!) e depois não me fez nada... Não sabia o que fazer comigo. Portanto lá tive que esperar que o Dr. S. saísse da cirurgia para me dizer os passos seguimtes a tomar.
Então, ao fim de mais algumas horas de espera falei finalmente com ele.
A conversa foi surpreendente e reveladora. O Dr. S. inclina-se cada vez mais para um problema de trompas. Acho que não é o meu há muito diagnosticado problema de ovulação que, apesar de existente nos está a impedir de engravidar. E desde o exame às trompas que ele me disse que não gostava muito delas...
Para já fiz mais uma análise à progesterona e, para o próximo mês farei outra. O Dr. quer ter a certeza se eu ovulo ou não... É que eu tenho tido ciclos minimamente regulares, e o espermograma é bastante bom. E sempre foi da sua opinião que o meu exame às trompas foi inconclusivo!
Segundo o que me foi explicado, se as ovulações estiverem a acontecer, não me livro de uma laparoscopia exploratória para se poder efectivamente concluir que o problema está nas trompas...
Nova consulta dia 2 de Novembro!
sábado, 5 de setembro de 2009
Consulta
Sem estar à espera, acabei de receber uma sms a avisar da consulta (?) para dia 7/09!
E eu a pensar que tinha de esperar pelo periodo e fazer outro pós coital. E ainda há quem diga mal do SNS!
Segunda feira lá estarei para mostrar o espermograma e saber o que tem o Dr. S. para me dizer!
E eu a pensar que tinha de esperar pelo periodo e fazer outro pós coital. E ainda há quem diga mal do SNS!
Segunda feira lá estarei para mostrar o espermograma e saber o que tem o Dr. S. para me dizer!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Espermograma
E esta manhã foi o dia para fazer o espermograma.
Temos sorte de, no laboratório que o Dr. S. recomendou, a recolha para o espermograma poder ser feita em casa. E assim foi.
Mas depois da recolha feita, tinha apenas 30 minutos para levar os bicharocos nadadores para o laboratório.
Recolha feita às 8h00, e entregue às 8h15, visto que o laboratório até ficava bem prto aqui de casa.
Aguardamos os resultados lá para segunda -feira. Depois é esperar pelo periodo e marcar nova consulta. E, esperar que agora, com todos os dados na sua posse, o Dr. S. nos dê a sua sentença!
Temos sorte de, no laboratório que o Dr. S. recomendou, a recolha para o espermograma poder ser feita em casa. E assim foi.
Mas depois da recolha feita, tinha apenas 30 minutos para levar os bicharocos nadadores para o laboratório.
Recolha feita às 8h00, e entregue às 8h15, visto que o laboratório até ficava bem prto aqui de casa.
Aguardamos os resultados lá para segunda -feira. Depois é esperar pelo periodo e marcar nova consulta. E, esperar que agora, com todos os dados na sua posse, o Dr. S. nos dê a sua sentença!
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Surpreendentemente veio o periodo!
Qual terá sido a ultima vez em que eu, sem ajuda de qualquer medicamento para me induzir o periodo, terei tido um ciclo de 33 dias?!?!
Pois bem. Este ciclo foi de 33 dias.
Fiquei parva a olhar para o papel manchado de vermelho, esta madrugada (11/08), quando me levantei para fazer xixi!
Fiquei surpreendida. Não estava à espera de ter o periodo tão cedo. Depois de 2 ciclo de 40 dias pensei que este seria a mesma coisa. Mas o meu organismo, mais uma vez, surpreendeu-me e mostrou-me que é ele que manda, e não há cá contas e ciclos regulares para ninguém.
Não admira, que para além de todos os outros problemas, e com ciclos assim seja tão difícil de engravidar.
Mas cá continuamos esperançados num futuro, ainda que distante, com mais elementos!
Pois bem. Este ciclo foi de 33 dias.
Fiquei parva a olhar para o papel manchado de vermelho, esta madrugada (11/08), quando me levantei para fazer xixi!
Fiquei surpreendida. Não estava à espera de ter o periodo tão cedo. Depois de 2 ciclo de 40 dias pensei que este seria a mesma coisa. Mas o meu organismo, mais uma vez, surpreendeu-me e mostrou-me que é ele que manda, e não há cá contas e ciclos regulares para ninguém.
Não admira, que para além de todos os outros problemas, e com ciclos assim seja tão difícil de engravidar.
Mas cá continuamos esperançados num futuro, ainda que distante, com mais elementos!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
E...
E por aqui tudo na mesma.
Este ano as férias tardam em chegar e, com um pouco de sorte levaremos na mala uma resposta sobre o que fazer daqui para a frente.
Teremos nova consulta com o Dr. S. lá para o início de Setembro, e como vamos de férias a 20/09, gostava de levar planos para o futuro na bagagem.
O M. ainda não fez o espermograma, mas também não tem parado por cá para ter disponibilidade para o fazer, e como ainda falta 1 mês para a consulta vai adiando.
E eu ando calma. Sei que, até a nova consulta, vou continuar assim, com a certeza de que até lá nada de novo vai acontecer.
Entretanto tenho convivido com inúmeras crianças. Se me custa? A cada dia que passa custa menos. Ora por aceitar cada vez mais a nossa infertilidade e por me ir preparando para uma (ainda que remota) possibilidade de não ter filhos, ora por saber que a cada dia que passa poderei estar mais perto de ter um filho. Uma dualidade curiosa.
Nasceu também o bébé da minha amiga de infância R. - Apesar de ter engravidado em Novembro do ano passado, só na Páscoa é que eu soube através da minha mãe que ela ia ter um bébé. Nunca a vi grávida. O bébé nasceu no passado domingo, mas desta vez recebi uma sms a dar a notícia.
O que me magoou? O facto de ela não me ter contado nada pessoalmente e de não nos termos encontrado para partilhar esta grande felicidade.
Porquê? Porque ela pensava que eu ia ficar triste, magoada e com ciúmes. Por não saber como eu ia lidar com toda esta situação.
Não há nada que mais me aborreça do que os olhares de pena, e as palmadinhas nos ombros.
É por isso que sempre que o assunto de filhos surge, eu digo "alto e bom som" que temos problemas de infertilidade. Conheça ou não conheça as pessoas.
E reconheço que muita gente fica chocada por eu expôr assim a situação. As pessoas ficam incomodadas e arrependem-se logo de tocar no assunto. Cheguei à conclusão que a maioria das pessoas detesta falar sobre infertilidade. E depois têm a ideia de que os casais inferteis detestam estar ao pé de crianças, e que as mulheres desatam a chorar de cada vez que vêm um bébé!
Têm uma ideia totalmente errada dos problemas que nos afectam, e de como nós lidamos com eles. Tomam-nos por coitadinhos que nunca terão filhos e julgam-nos pessoas azedas e amarguradas com a vida. Pensam que nos agarramos ao trabalho como substituto de uma família! Acreditam que não sabemos nada de bébes e espantam-se por sabemos mudar uma fralda e conhecermos de cor a música do Noddy. Fazem-nos sentir um pouco inferiores, como seres humanos de segunda, pois a nossa capacidade de nos reproduzirmos está afectada.
E já não falo daqueles que acham que a infertilidade é mandada por Deus a casais "duvidosos"!
E acham sempre que não temos filhos por causa do stress, e nos mandam constantemente andar calmos e ir de férias!
Admiro-me com a ignorancia da maioria das pessoas face aos casais infertéis. Por acharem que somos uma pequena minoria histérica, que não tem problema nenhum, mas que se submete a exames caros e dolorosos, fisica e psicológicamente, apenas porque não sabem esperar e aguardar.
Infelizmente é assim que a maioria pensa. E o que eu acho curioso é que há 300 mil casais inferteis neste país. Mas quase todos se escondem dentro do armário e não assumem a sua condição. Fingem ser quem não são. Preferem fingir que ainda não decidiram ter filhos, ou que não os querem ter, a dizerem que são INFERTEIS.
Assim jamais mudaremos mentalidades e continuaremos a ser tratados como seres humanos incompletos e moderadamente inúteis.
Os preconceitos existem em muitos campos, e também neste da infertilidade. Eu assumo o que sou. E tento explicar a todos o que passamos, o que fazemos, o que pensamos.
Este ano as férias tardam em chegar e, com um pouco de sorte levaremos na mala uma resposta sobre o que fazer daqui para a frente.
Teremos nova consulta com o Dr. S. lá para o início de Setembro, e como vamos de férias a 20/09, gostava de levar planos para o futuro na bagagem.
O M. ainda não fez o espermograma, mas também não tem parado por cá para ter disponibilidade para o fazer, e como ainda falta 1 mês para a consulta vai adiando.
E eu ando calma. Sei que, até a nova consulta, vou continuar assim, com a certeza de que até lá nada de novo vai acontecer.
Entretanto tenho convivido com inúmeras crianças. Se me custa? A cada dia que passa custa menos. Ora por aceitar cada vez mais a nossa infertilidade e por me ir preparando para uma (ainda que remota) possibilidade de não ter filhos, ora por saber que a cada dia que passa poderei estar mais perto de ter um filho. Uma dualidade curiosa.
Nasceu também o bébé da minha amiga de infância R. - Apesar de ter engravidado em Novembro do ano passado, só na Páscoa é que eu soube através da minha mãe que ela ia ter um bébé. Nunca a vi grávida. O bébé nasceu no passado domingo, mas desta vez recebi uma sms a dar a notícia.
O que me magoou? O facto de ela não me ter contado nada pessoalmente e de não nos termos encontrado para partilhar esta grande felicidade.
Porquê? Porque ela pensava que eu ia ficar triste, magoada e com ciúmes. Por não saber como eu ia lidar com toda esta situação.
Não há nada que mais me aborreça do que os olhares de pena, e as palmadinhas nos ombros.
É por isso que sempre que o assunto de filhos surge, eu digo "alto e bom som" que temos problemas de infertilidade. Conheça ou não conheça as pessoas.
E reconheço que muita gente fica chocada por eu expôr assim a situação. As pessoas ficam incomodadas e arrependem-se logo de tocar no assunto. Cheguei à conclusão que a maioria das pessoas detesta falar sobre infertilidade. E depois têm a ideia de que os casais inferteis detestam estar ao pé de crianças, e que as mulheres desatam a chorar de cada vez que vêm um bébé!
Têm uma ideia totalmente errada dos problemas que nos afectam, e de como nós lidamos com eles. Tomam-nos por coitadinhos que nunca terão filhos e julgam-nos pessoas azedas e amarguradas com a vida. Pensam que nos agarramos ao trabalho como substituto de uma família! Acreditam que não sabemos nada de bébes e espantam-se por sabemos mudar uma fralda e conhecermos de cor a música do Noddy. Fazem-nos sentir um pouco inferiores, como seres humanos de segunda, pois a nossa capacidade de nos reproduzirmos está afectada.
E já não falo daqueles que acham que a infertilidade é mandada por Deus a casais "duvidosos"!
E acham sempre que não temos filhos por causa do stress, e nos mandam constantemente andar calmos e ir de férias!
Admiro-me com a ignorancia da maioria das pessoas face aos casais infertéis. Por acharem que somos uma pequena minoria histérica, que não tem problema nenhum, mas que se submete a exames caros e dolorosos, fisica e psicológicamente, apenas porque não sabem esperar e aguardar.
Infelizmente é assim que a maioria pensa. E o que eu acho curioso é que há 300 mil casais inferteis neste país. Mas quase todos se escondem dentro do armário e não assumem a sua condição. Fingem ser quem não são. Preferem fingir que ainda não decidiram ter filhos, ou que não os querem ter, a dizerem que são INFERTEIS.
Assim jamais mudaremos mentalidades e continuaremos a ser tratados como seres humanos incompletos e moderadamente inúteis.
Os preconceitos existem em muitos campos, e também neste da infertilidade. Eu assumo o que sou. E tento explicar a todos o que passamos, o que fazemos, o que pensamos.
sábado, 11 de julho de 2009
Mais um ciclo...
Foi mais um ciclo que passou.
Mais um ciclo de 40 dias tão certinho que até me espantou, a mim, que nunca na vida tive dois ciclos seguidos com a mesma duração.
E também me espantou o facto de não ter tido um daqueles ciclos absurdos de 60 ou 80 dias, visto não estar a tomar medicação alguma para regular os ciclos!
Ontem veio então, mais uma vez o periodo (dia 10/7). E com ele umas dores de barriga, daquelas que me mantêm acordada durante 2 horas, e que eram tão fortes que quase perdi os sentidos... Mas lá acabaram por passar, depois de até o M. ter acordado para saber o que se passava comigo!
Contudo, nada tem acontecido... Apesar de não estar (ainda) a fazer nenhum novo tratamento, há sempre uma esperança de que tudo possa acontecer naturalmente, como aos outros. Poder até pode, como disse o Dr. S., mas também não foi desta vez.
As análises hormonais pedidas na ultima consulta estão feitas, e já tenho a requisição para o M. fazer o espermograma.
Depois é marcar nova consulta para o fim de Agosto, inicio de Setembro... até lá é continuar à espera de sermos mais!
Mais um ciclo de 40 dias tão certinho que até me espantou, a mim, que nunca na vida tive dois ciclos seguidos com a mesma duração.
E também me espantou o facto de não ter tido um daqueles ciclos absurdos de 60 ou 80 dias, visto não estar a tomar medicação alguma para regular os ciclos!
Ontem veio então, mais uma vez o periodo (dia 10/7). E com ele umas dores de barriga, daquelas que me mantêm acordada durante 2 horas, e que eram tão fortes que quase perdi os sentidos... Mas lá acabaram por passar, depois de até o M. ter acordado para saber o que se passava comigo!
Contudo, nada tem acontecido... Apesar de não estar (ainda) a fazer nenhum novo tratamento, há sempre uma esperança de que tudo possa acontecer naturalmente, como aos outros. Poder até pode, como disse o Dr. S., mas também não foi desta vez.
As análises hormonais pedidas na ultima consulta estão feitas, e já tenho a requisição para o M. fazer o espermograma.
Depois é marcar nova consulta para o fim de Agosto, inicio de Setembro... até lá é continuar à espera de sermos mais!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Não era isto que eu queria ouvir!
Depois de 5 dias de sol, calor e praia no Algarve.
Depois de 3 dias de abstinência sexual.
Depois de sexo às 6h30 da manhã de uma segunda-feira.
Depois de tudo isto, lá vamos mais uma vez ter com o nosso Dr. S. para o teste pós coital e para nova consulta.
Foi tudo mau.
O teste inconclusivo porque o muco era demasiado espesso para tirar uma conclusão.
(E que dá outra vez deu "muitos e bons nadadores")
O consequente espermograma para se poder chegar a pelo menos uma conclusão.
Concluir que eu continuo sem ovular e será essa a razão para ao 15º dia do ciclo o muco estar (ainda) tão espesso.
Análises ao 22º dia do ciclo para se poder concluir acerca do tratamento a seguir.
O resultado do exame às trompas que, apesar de não estarem obstruídas, "não estavam famosas".
A minha cabeça a mil porque já não me bastava ter problemas a ovular, ainda precisava de ter trompas "pouco famosas"!
A minha cabeça a mil a pensar que se calhar isto não vai lá só com injecções, e que estamos mais perto de FIV e afins do que eu alguma vez pensei.
O Dr. S. a dizer que depois dos dados do espermograma e das análises, "se der uma coisa fazemos uma coisa, se der outra coisa, faremos outra coisa", e a mim quase a dar-me uma coisa.
A marcação de uma nova consulta e novo teste pós coital a partir da ultima semana de Agosto, inicio de Setembro.
A horrível espera de 2 meses.
Mais 2 meses sem poder fazer absolutamente nada.
As lágrimas a cairem até chegar a casa.
As lágrimas a cairem todo o resto da manhã.
E eu a pensar que, a probabilidade de nunca sermos mais existe. É real.
Não era nada disto que eu queria ter ouvido!
Depois de 3 dias de abstinência sexual.
Depois de sexo às 6h30 da manhã de uma segunda-feira.
Depois de tudo isto, lá vamos mais uma vez ter com o nosso Dr. S. para o teste pós coital e para nova consulta.
Foi tudo mau.
O teste inconclusivo porque o muco era demasiado espesso para tirar uma conclusão.
(E que dá outra vez deu "muitos e bons nadadores")
O consequente espermograma para se poder chegar a pelo menos uma conclusão.
Concluir que eu continuo sem ovular e será essa a razão para ao 15º dia do ciclo o muco estar (ainda) tão espesso.
Análises ao 22º dia do ciclo para se poder concluir acerca do tratamento a seguir.
O resultado do exame às trompas que, apesar de não estarem obstruídas, "não estavam famosas".
A minha cabeça a mil porque já não me bastava ter problemas a ovular, ainda precisava de ter trompas "pouco famosas"!
A minha cabeça a mil a pensar que se calhar isto não vai lá só com injecções, e que estamos mais perto de FIV e afins do que eu alguma vez pensei.
O Dr. S. a dizer que depois dos dados do espermograma e das análises, "se der uma coisa fazemos uma coisa, se der outra coisa, faremos outra coisa", e a mim quase a dar-me uma coisa.
A marcação de uma nova consulta e novo teste pós coital a partir da ultima semana de Agosto, inicio de Setembro.
A horrível espera de 2 meses.
Mais 2 meses sem poder fazer absolutamente nada.
As lágrimas a cairem até chegar a casa.
As lágrimas a cairem todo o resto da manhã.
E eu a pensar que, a probabilidade de nunca sermos mais existe. É real.
Não era nada disto que eu queria ter ouvido!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Não me tem apetecido...
Não me tem apetecido vir aqui. Não me apetece dizer nada sobre este assunto.
Não quero saber as novas gracinhas das crianças, nem os bébes que nasceram, nem das mulheres que ficaram grávidas. Simplesmente não quero ouvir falar de nada disso.
Ignoro o assunto maternidade e escondo-o fechado a 7 chaves dentro de mim. E escondo as chaves e recuso-me a abrir essa porta.
Mas há alturas em que a porta se abre como por magia, e eu fico desesperadamente triste e revoltadamente angustiada. E choro. E fecho novamente a porta, e volto a esconder as chaves, desta vez num sítio diferente, para ver se a porta não se volta a abrir.
E faço de conta de apesar disto sou feliz. E as pessoas acreditam. Meu Deus!! Sou tão convincente que há alturas que até eu acredito...pelo menos até a porta voltar a abrir.
Entretanto o periodo veio dia 1 de Junho (dia da criança, portanto!!). Vou fazer novamente o teste pós coital, o único que me falta, dia 15 de Junho, com consulta incluída.
Vamos a ver o que acontece!
Não quero saber as novas gracinhas das crianças, nem os bébes que nasceram, nem das mulheres que ficaram grávidas. Simplesmente não quero ouvir falar de nada disso.
Ignoro o assunto maternidade e escondo-o fechado a 7 chaves dentro de mim. E escondo as chaves e recuso-me a abrir essa porta.
Mas há alturas em que a porta se abre como por magia, e eu fico desesperadamente triste e revoltadamente angustiada. E choro. E fecho novamente a porta, e volto a esconder as chaves, desta vez num sítio diferente, para ver se a porta não se volta a abrir.
E faço de conta de apesar disto sou feliz. E as pessoas acreditam. Meu Deus!! Sou tão convincente que há alturas que até eu acredito...pelo menos até a porta voltar a abrir.
Entretanto o periodo veio dia 1 de Junho (dia da criança, portanto!!). Vou fazer novamente o teste pós coital, o único que me falta, dia 15 de Junho, com consulta incluída.
Vamos a ver o que acontece!
quinta-feira, 30 de abril de 2009
O que veio depois da consulta
Depois da consulta de dia 20, o periodo finalmente aparece passado 2 dias. Mais um ciclo de 38 dias apesar da medicação.
E mal ele apareceu, foi altura de marcar a histerossalpingografia e o teste pós coital, e de ir fazer as análises ao 3º dia do ciclo.
Se marcar a histerossalpingografia se revelou uma coisa simples, com o teste pós coital a coisa não foi tão fácil. Enquanto uma ficou marcada para esta manhã, a outra ficou para o próximo mês, pois o GO já não tinha oportunidade de me receber no dia do exame que teria de ser feito a 4 de Maio.
Das análises não há nada a dizer, foram rápidas, simples, e obviamente indolores!
A histerossalpingografia também foi rápida mas relativamente desconfortável. E 10 minutos após o exame uma ligeira sensação de desmaio que não chegou a acontecer. Mas tirando isso não custou quase nada. A médica que me fez o exame hoje foi extremamente simpática ao ponto de me explicar tudo o que ia acontecer durante o exame e o que poderia sentir. É claro que estarmos o mais relaxados e descontraídos possível ajuda imenso.
Temos portanto todos os exames pedidos na primeira consulta despachados com a excepção do teste pós coital. Obviamente que agora não me devem chamar para nova consulta até fazer esse exame, o que significa pelo menos mais 1 mês de espera.
Mais uma etapa cumprida. Venha a próxima.
E mal ele apareceu, foi altura de marcar a histerossalpingografia e o teste pós coital, e de ir fazer as análises ao 3º dia do ciclo.
Se marcar a histerossalpingografia se revelou uma coisa simples, com o teste pós coital a coisa não foi tão fácil. Enquanto uma ficou marcada para esta manhã, a outra ficou para o próximo mês, pois o GO já não tinha oportunidade de me receber no dia do exame que teria de ser feito a 4 de Maio.
Das análises não há nada a dizer, foram rápidas, simples, e obviamente indolores!
A histerossalpingografia também foi rápida mas relativamente desconfortável. E 10 minutos após o exame uma ligeira sensação de desmaio que não chegou a acontecer. Mas tirando isso não custou quase nada. A médica que me fez o exame hoje foi extremamente simpática ao ponto de me explicar tudo o que ia acontecer durante o exame e o que poderia sentir. É claro que estarmos o mais relaxados e descontraídos possível ajuda imenso.
Temos portanto todos os exames pedidos na primeira consulta despachados com a excepção do teste pós coital. Obviamente que agora não me devem chamar para nova consulta até fazer esse exame, o que significa pelo menos mais 1 mês de espera.
Mais uma etapa cumprida. Venha a próxima.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Foi Hoje...
Acordamos cedo e lá fomos para a consulta de infertilidade.
O nosso novo médico, não é propriamente simpático, mas fomos bem atentidos e no fim já sorria para nós.
As novidades não são muitas. Durante a consulta pediu-nos todo o nosso historial, o que já tinhamos feito na anterior GO, e fez o exame ginecológico.
Depois, e antes de darmos novos passos, mandou-me fazer a histerossalpingografia, hemogramas, novo teste pós coital e análises ao 3º dia do ciclo.
Só depois passaremos a novo tratamento que, à partida, passará por medicamentos injectáveis.
Apesar de não ter um médico muito simpático gostei dele. Principalmente porque sei que sabe o que está a fazer, é competente e directo e, ainda por cima, porque foi recomendado pela minha GO.
Estou no 36º dia do ciclo! Mais um daqueles ciclos compridos e desregulados apesar da medicação. Espero agora pela menstruação para tratar destes exames todos e depois logo se vê!
Havemos de ser mais!
O nosso novo médico, não é propriamente simpático, mas fomos bem atentidos e no fim já sorria para nós.
As novidades não são muitas. Durante a consulta pediu-nos todo o nosso historial, o que já tinhamos feito na anterior GO, e fez o exame ginecológico.
Depois, e antes de darmos novos passos, mandou-me fazer a histerossalpingografia, hemogramas, novo teste pós coital e análises ao 3º dia do ciclo.
Só depois passaremos a novo tratamento que, à partida, passará por medicamentos injectáveis.
Apesar de não ter um médico muito simpático gostei dele. Principalmente porque sei que sabe o que está a fazer, é competente e directo e, ainda por cima, porque foi recomendado pela minha GO.
Estou no 36º dia do ciclo! Mais um daqueles ciclos compridos e desregulados apesar da medicação. Espero agora pela menstruação para tratar destes exames todos e depois logo se vê!
Havemos de ser mais!
sábado, 11 de abril de 2009
É já dia 20!
Na quinta-feira à tarde recebo um telefonema do consultória da minha GO.
- Era para lhe dizer que tem consulta de infertilidade com o Dr. SM no dia 20 de Abril às 8h da manhã.
Fiquei a tremer. Talvez porque não esperasse que fosse tão rápido. Talvez porque apesar de tudo é finalmente admitir perante todos que se tem um problema.
Tenho de agradecer à minha GO ter conseguido tratar de tudo tão rapidamente. É optimo quando somos acompanhados por médicos competentes e capazes. Médicos que sabem exactamente quando têm de dizer que já não está nas mãos deles, e que mesmo assim continuam ao nosso lado e nos ajudam a dar o passo seguinte.
Obrigado!
- Era para lhe dizer que tem consulta de infertilidade com o Dr. SM no dia 20 de Abril às 8h da manhã.
Fiquei a tremer. Talvez porque não esperasse que fosse tão rápido. Talvez porque apesar de tudo é finalmente admitir perante todos que se tem um problema.
Tenho de agradecer à minha GO ter conseguido tratar de tudo tão rapidamente. É optimo quando somos acompanhados por médicos competentes e capazes. Médicos que sabem exactamente quando têm de dizer que já não está nas mãos deles, e que mesmo assim continuam ao nosso lado e nos ajudam a dar o passo seguinte.
Obrigado!
sexta-feira, 27 de março de 2009
Novo Capítulo
Hoje é o 12º dia deste novo ciclo. E foi dia de ir ter com GO para a rotineira ecografia de controle.
Depois de mais uma ecografia... NADA, absolutamente nada. Nada de folículos, nada de espessamento do endométrio. Útero sequinho foi, até, a expressão utilizada.
Decidiu-se que não valia a pena continuar a insistir com o Dufine. Decidiu-se parar. Decidiu-se passar a um médico especialista em infertilidade.
Foi um dia de mudanças. Senti-me mais triste e desamparada do que nunca.
E senti a tua falta M. E senti falta do teu apoio naquela hora. E lutei contra as lágrimas no consultório, e contra as lágrimas ao pé da minha irmã, e contra as lágrimas no supermercado e no mecânico.
Mas quando cheguei a casa, já não consegui lutar mais contra as lágrimas, e deixei-me levar por todos os medos, inseguranças, preocupações e pensamentos que me assolaram.
Hoje começou um novo capítulo de uma história, que se deseja, ter um final feliz.
Depois de mais uma ecografia... NADA, absolutamente nada. Nada de folículos, nada de espessamento do endométrio. Útero sequinho foi, até, a expressão utilizada.
Decidiu-se que não valia a pena continuar a insistir com o Dufine. Decidiu-se parar. Decidiu-se passar a um médico especialista em infertilidade.
Foi um dia de mudanças. Senti-me mais triste e desamparada do que nunca.
E senti a tua falta M. E senti falta do teu apoio naquela hora. E lutei contra as lágrimas no consultório, e contra as lágrimas ao pé da minha irmã, e contra as lágrimas no supermercado e no mecânico.
Mas quando cheguei a casa, já não consegui lutar mais contra as lágrimas, e deixei-me levar por todos os medos, inseguranças, preocupações e pensamentos que me assolaram.
Hoje começou um novo capítulo de uma história, que se deseja, ter um final feliz.
terça-feira, 17 de março de 2009
Não, ainda não foi desta!
Depois de uma semana muito difícil, depois do faço ou não faço um teste de gravidez, depois de ter conseguido ficar menos ansiosa, a menstruação começa a fazer-se anunciar no sábado ao fim da manhã. Esteve assim tímida, pintada de castanho-café até domingo, mas chegou em força e em definitivo ontem de manhã.
Começamos hoje com novos comprimidos de Dufine, Estrofen e Duphaston. Iniciamos novo ciclo.
Voltámos a cair, e voltamos a recomeçar.
E recomeçaremos tantas vezes quantas aquelas as nossas forças e os nossos corpos permitirem. Porque um filho é um desejo do qual não queremos desistir.
Começamos hoje com novos comprimidos de Dufine, Estrofen e Duphaston. Iniciamos novo ciclo.
Voltámos a cair, e voltamos a recomeçar.
E recomeçaremos tantas vezes quantas aquelas as nossas forças e os nossos corpos permitirem. Porque um filho é um desejo do qual não queremos desistir.
sábado, 14 de março de 2009
A espera
Com alguma força de vontade, consegui controlar a ansiedade que me consumia.
Sendo assim resolvi não fazer para já um teste de gravidez e esperar, pacientemente mais alguns dias.
Objectivamente, sinto o meu corpo a enviar-me os normais sinais da menstruação que se aproxima: as dores de cabeça, as picadas no baixo ventre, a "instabilidade" intestinal, o peito pesado...
Como já aqui tinha dito de outras vezes, aceito muito melhor a vinda do periodo, do que a janela sem risca de um teste de gravidez. Concluí que prefiro esperar. Mesmo continuando nesta incerteza, mesmo sabendo que devo ter ovulado a 26, 27 ou 28, e que sendo assim já passaram, 17, 16 ou 15 dias.
Estamos ao 30º dia do ciclo, são 10 da manhã, e para já está tudo na mesma.
E eu vou esperar o melhor ou o pior durante mais alguns dias.
Sendo assim resolvi não fazer para já um teste de gravidez e esperar, pacientemente mais alguns dias.
Objectivamente, sinto o meu corpo a enviar-me os normais sinais da menstruação que se aproxima: as dores de cabeça, as picadas no baixo ventre, a "instabilidade" intestinal, o peito pesado...
Como já aqui tinha dito de outras vezes, aceito muito melhor a vinda do periodo, do que a janela sem risca de um teste de gravidez. Concluí que prefiro esperar. Mesmo continuando nesta incerteza, mesmo sabendo que devo ter ovulado a 26, 27 ou 28, e que sendo assim já passaram, 17, 16 ou 15 dias.
Estamos ao 30º dia do ciclo, são 10 da manhã, e para já está tudo na mesma.
E eu vou esperar o melhor ou o pior durante mais alguns dias.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Ansiedade ao 27 dia do ciclo
Acho que nunca me senti tão ansiosa, como nestes ultimos dias.
Estou no 27 dia do ciclo, sabendo que tinha um lindo fulículo.
Quando vou à casa de banho sai tudo limpinho.
Acho que tenho uma espécie de formigeiro no peito, mas não é constante. Sinto apenas de vez em quando.
Acho que estou com algumas dores nas costas.
Acho que de vez em quando tenho umas moinhas, daquelas de quando está para vir o periodo.
Acho, porque a ansiedade é tal que não sei se sinto mesmo estas coisas, ou se a minha cabeça me está a fazer sentir coisas.
Conto os dias no calendário e faço contas, muitas contas. Sei que nunca fui certa. Cientificamente também sei que a menstruação ocorre 14 dias depois da ovulação.
A minha ovulação deve ter sido dia 26, 27 ou 28 o mais tardar. O fim destes 14 dias é sexta-feira.
Conto as horas até sexta-feira. E para meu bem, se não houver outros desenvolvimentos até lá, será com a primeira urina desse dia que terminarei esta ansiedade. Para o que dêr e vier.
Porque preciso de tempo e da companhia do M. para me recompôr.
Porque desta vez a desilusão custará mil vezes mais do que de todas as outras vezes.
Porque quero ser capaz de passar 24 horas sem sequer pensar em bébes ou gravidez.
Principalmente porque que me sinto fisica e psicologicamente esgotada.
Estou no 27 dia do ciclo, sabendo que tinha um lindo fulículo.
Quando vou à casa de banho sai tudo limpinho.
Acho que tenho uma espécie de formigeiro no peito, mas não é constante. Sinto apenas de vez em quando.
Acho que estou com algumas dores nas costas.
Acho que de vez em quando tenho umas moinhas, daquelas de quando está para vir o periodo.
Acho, porque a ansiedade é tal que não sei se sinto mesmo estas coisas, ou se a minha cabeça me está a fazer sentir coisas.
Conto os dias no calendário e faço contas, muitas contas. Sei que nunca fui certa. Cientificamente também sei que a menstruação ocorre 14 dias depois da ovulação.
A minha ovulação deve ter sido dia 26, 27 ou 28 o mais tardar. O fim destes 14 dias é sexta-feira.
Conto as horas até sexta-feira. E para meu bem, se não houver outros desenvolvimentos até lá, será com a primeira urina desse dia que terminarei esta ansiedade. Para o que dêr e vier.
Porque preciso de tempo e da companhia do M. para me recompôr.
Porque desta vez a desilusão custará mil vezes mais do que de todas as outras vezes.
Porque quero ser capaz de passar 24 horas sem sequer pensar em bébes ou gravidez.
Principalmente porque que me sinto fisica e psicologicamente esgotada.
terça-feira, 3 de março de 2009
Mais um bébé na família
Ontem o M. deu-me a novidade. O primo N. e a M. estão à espera do seu primeiro filho.
Quando me ligou disse-me que tinha uma novidade, e se eu queria mesmo saber o que era. O meu primeiro pensamento foi: Quem é que está grávida desta vez!
Não quero parecer egoísta ou invejosa. Fico muito contente por eles. Mas será pedir muito que a felicidade deles não me entre pelos olhos e pelos ouvidos. Já sei que eles vão ter um filho. Mas não sou capaz de estar entre a restante família a comentar o feliz acontecimento. Apenas quero que vivam a felicidade deles e dos avós longe de mim. Porque não me quero desmanchar em lágrimas ao pé deles, porque não quero dar parte fraca, porque não quero admitir perante a família do M. o quanto eu sofro por não conseguirmos ter um filho.
Apesar do bom folículo da semana passada, estou muito ansiosa à espera que os dias passem. Fico a imaginar se o óvulo terá ou não sido fertilizado. Fico a imaginar se estará ou não uma nova vida a formar-se dentro de mim. Outras vezes penso que os bicharoco do M. não chegaram lá, e que assim um óvulo bom (e raro, está visto!) foi inutilizado!
Aguardo os acontecimentos seguintes em grande ansiedade. Conto os dias do ciclo que parecem que não passam e vivo na minha cabeça a boa ou má notícia.
Por esses dias, quando souber o veredicto deste ciclo e deste óvulo, farei 3 anos de casada. O M. fará 31 anos. Será o dia do pai, e o aniversário do meu sogro. Terei mais de 40 pessoas em casa para a festa de anos do M. E inevitavelmente irá falar-se no novo bébé a caminho, e as pessoas estarão felizes com isso.
Será que aguentarei tudo isto com um sorriso nos lábios se o veredicto for o negativo?
Quando me ligou disse-me que tinha uma novidade, e se eu queria mesmo saber o que era. O meu primeiro pensamento foi: Quem é que está grávida desta vez!
Não quero parecer egoísta ou invejosa. Fico muito contente por eles. Mas será pedir muito que a felicidade deles não me entre pelos olhos e pelos ouvidos. Já sei que eles vão ter um filho. Mas não sou capaz de estar entre a restante família a comentar o feliz acontecimento. Apenas quero que vivam a felicidade deles e dos avós longe de mim. Porque não me quero desmanchar em lágrimas ao pé deles, porque não quero dar parte fraca, porque não quero admitir perante a família do M. o quanto eu sofro por não conseguirmos ter um filho.
Apesar do bom folículo da semana passada, estou muito ansiosa à espera que os dias passem. Fico a imaginar se o óvulo terá ou não sido fertilizado. Fico a imaginar se estará ou não uma nova vida a formar-se dentro de mim. Outras vezes penso que os bicharoco do M. não chegaram lá, e que assim um óvulo bom (e raro, está visto!) foi inutilizado!
Aguardo os acontecimentos seguintes em grande ansiedade. Conto os dias do ciclo que parecem que não passam e vivo na minha cabeça a boa ou má notícia.
Por esses dias, quando souber o veredicto deste ciclo e deste óvulo, farei 3 anos de casada. O M. fará 31 anos. Será o dia do pai, e o aniversário do meu sogro. Terei mais de 40 pessoas em casa para a festa de anos do M. E inevitavelmente irá falar-se no novo bébé a caminho, e as pessoas estarão felizes com isso.
Será que aguentarei tudo isto com um sorriso nos lábios se o veredicto for o negativo?
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Nova Esperança
Acabo de vir da minha GO com um sorriso nos lábios. Ao 14º dia do ciclo estamos com um lindo folículo no ovário esquerdo. Acho que a Drª estava tão ou mais entusiasmada do que eu. Só dizia que era mesmo um folículo excelente, muito bom, que agora é que ia ser.
Adiamos assim os injectáveis pelo menos durante 1 ciclo, visto que a resposta foi, desta vez, bastante satisfatória. Muitos filhos, mas um de cada vez, é o lema da minha GO.
Vim de lá com mais uma receita para o Dufine, mas sem data... para o caso de não ser preciso, disse-me ela com um sorriso nos lábios.
Esperemos que não venha a ser necessário. E que esta venha o tão esperado positivo como prenda pelo nosso 3º aniversário de casamento, já dia 18 de Março.
Adiamos assim os injectáveis pelo menos durante 1 ciclo, visto que a resposta foi, desta vez, bastante satisfatória. Muitos filhos, mas um de cada vez, é o lema da minha GO.
Vim de lá com mais uma receita para o Dufine, mas sem data... para o caso de não ser preciso, disse-me ela com um sorriso nos lábios.
Esperemos que não venha a ser necessário. E que esta venha o tão esperado positivo como prenda pelo nosso 3º aniversário de casamento, já dia 18 de Março.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
O que ando a fazer!
Portanto mais um ciclo que passou. A mestruação surgiu no dia 13 de Fevereiro, mas eu já a estava a esperar. Os sintomas não mentem. Não me custou tanto como estava inicialmente à espera.
Tenho o alento do novo tratamento. E, claro, estou muito ansiosa e esperançada com os resultados que possa trazer.
Neste ciclo ainda vou estar acompanhada pelos meus amigos Dufine, Estrofem e Duphaston.
A proxima consulta com a GO será dia 26, ao 14º dia do ciclo e depois de um merecido descanso a 2 em Barcelona.
Estou confiante.
Tenho o alento do novo tratamento. E, claro, estou muito ansiosa e esperançada com os resultados que possa trazer.
Neste ciclo ainda vou estar acompanhada pelos meus amigos Dufine, Estrofem e Duphaston.
A proxima consulta com a GO será dia 26, ao 14º dia do ciclo e depois de um merecido descanso a 2 em Barcelona.
Estou confiante.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O Optimismo
Sempre fui uma pessoa altamente optimista. Segundo algumas pessoas optimista até demais. Tento sempre ver boas intenções nas outras pessoas, o outro lado das coisas que correm mal.
Há quem diga que este meu optimismo é também muita ingenuidade. Provavelmente!
Mas o que realmente me custa é lêr as coisas que já publiquei neste blogue, e ver tão pouco optimismo. Nem parece que é escrito por mim...
Queria ser mais optimista em relação a esta questão! Mas simplesmente não sou capaz. Queria poder acreditar que vai acontecer, mas tenho medo de nunca vir a acontecer. Sinto que apesar do optimismo tenho de preparar uma parte de mim para a possibilidade de não vir a ter filhos biológicos, e que essa parte de apoderou de mim, e escondeu o meu optimismo naural.
Este medo, está a vencer-me! E eu não posso deixar isto acontecer.
Portanto, aqui fica uma resolução de ano novo (um pouco atrasada, é certo!)
NÃO DEIXAR QUE O MEDO ME VENÇA! RECUPERAR O MEU OPTIMISMO!
Há quem diga que este meu optimismo é também muita ingenuidade. Provavelmente!
Mas o que realmente me custa é lêr as coisas que já publiquei neste blogue, e ver tão pouco optimismo. Nem parece que é escrito por mim...
Queria ser mais optimista em relação a esta questão! Mas simplesmente não sou capaz. Queria poder acreditar que vai acontecer, mas tenho medo de nunca vir a acontecer. Sinto que apesar do optimismo tenho de preparar uma parte de mim para a possibilidade de não vir a ter filhos biológicos, e que essa parte de apoderou de mim, e escondeu o meu optimismo naural.
Este medo, está a vencer-me! E eu não posso deixar isto acontecer.
Portanto, aqui fica uma resolução de ano novo (um pouco atrasada, é certo!)
NÃO DEIXAR QUE O MEDO ME VENÇA! RECUPERAR O MEU OPTIMISMO!
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
A dualidade que vai na minha cabeça...
Estou no 26º dia do ciclo. Um ciclo em que havia um folículo que, segundo a GO, poderia ou não amadurecer e libertar-se.
Mesmo assim tentamos. Não desperdiçamos uma possível, ainda que remota, possibilidade.
Enfrento neste momento sentimentos opostos.
Se por um lado desejo que a menstruação venha o mais rapidamente possível para poder recomeçar um ciclo de tratamentos, onde ouça a GO a dizer "tens folículos bons, treina muito!", por outro lado posso viver estes dias a pensar, sonhar, imaginar que poderei estar grávida. Posso passar estes dias a falar para o bébé, a fazer festas na minha barriga inchada de tanta hormona tomada no ultimo ano.
Acho que sinto o peito mais inchado e dorido. Mas não sei se é real, ou fruto da minha imaginação. Acho que vou à casa de banho muito mais vezes, sem ter aumentado a quantidade de líquidos que bebo, mas mais uma vez não sei se isto é real, ou se é o meu corpo a pregar-me partidas.
Se tentar analisar isto com cabeça fria, reconheço que estou a interpretar determinados sinais (imaginários ou não) da maneira que mais me convém.
Sinto-me com poucas forças para travar esta luta. Eu sei que não dura à muito tempo, mas muitas vezes penso quanto tempo serei capaz de a travar. 2 anos, 5 anos, 10 anos, 20 anos?
Não sei se sou capaz! Não sei se prefiro render-me à minha condição de mulher com problemas de fertilidade e andar normalmente com a minha vida sem pensar em filhos. Não sei se quero passar por tudo isto doze vezes ao ano, anos e anos a fim.
E são os bébes queridos dos outros, as conversas dos netos que já existem, o olhar de piedade, e as palavras da praxe... vais ver que vão conseguir!
A desilusão custa-me tanto neste momento, que prefiro esperar 40 dias que me venha a menstruação, a fazer um teste de gravidez que dê negativo. Quando vejo apenas a risca de controle naquela porcaria sinto-me a pessoa mais infeliz do mundo. Custa-me 100 vezes mais do que quando me vêm o periodo.
Ainda só estou no 26º dia do ciclo. Por enquanto continuo, por breves segundos ao longo do dia a imaginar que, se calhar está ali o meu tão desejado bébé. Depois abano a cabeça e digo para mim mesma: " Pára com isso!" e continuo com a minha vida.
Mesmo assim tentamos. Não desperdiçamos uma possível, ainda que remota, possibilidade.
Enfrento neste momento sentimentos opostos.
Se por um lado desejo que a menstruação venha o mais rapidamente possível para poder recomeçar um ciclo de tratamentos, onde ouça a GO a dizer "tens folículos bons, treina muito!", por outro lado posso viver estes dias a pensar, sonhar, imaginar que poderei estar grávida. Posso passar estes dias a falar para o bébé, a fazer festas na minha barriga inchada de tanta hormona tomada no ultimo ano.
Acho que sinto o peito mais inchado e dorido. Mas não sei se é real, ou fruto da minha imaginação. Acho que vou à casa de banho muito mais vezes, sem ter aumentado a quantidade de líquidos que bebo, mas mais uma vez não sei se isto é real, ou se é o meu corpo a pregar-me partidas.
Se tentar analisar isto com cabeça fria, reconheço que estou a interpretar determinados sinais (imaginários ou não) da maneira que mais me convém.
Sinto-me com poucas forças para travar esta luta. Eu sei que não dura à muito tempo, mas muitas vezes penso quanto tempo serei capaz de a travar. 2 anos, 5 anos, 10 anos, 20 anos?
Não sei se sou capaz! Não sei se prefiro render-me à minha condição de mulher com problemas de fertilidade e andar normalmente com a minha vida sem pensar em filhos. Não sei se quero passar por tudo isto doze vezes ao ano, anos e anos a fim.
E são os bébes queridos dos outros, as conversas dos netos que já existem, o olhar de piedade, e as palavras da praxe... vais ver que vão conseguir!
A desilusão custa-me tanto neste momento, que prefiro esperar 40 dias que me venha a menstruação, a fazer um teste de gravidez que dê negativo. Quando vejo apenas a risca de controle naquela porcaria sinto-me a pessoa mais infeliz do mundo. Custa-me 100 vezes mais do que quando me vêm o periodo.
Ainda só estou no 26º dia do ciclo. Por enquanto continuo, por breves segundos ao longo do dia a imaginar que, se calhar está ali o meu tão desejado bébé. Depois abano a cabeça e digo para mim mesma: " Pára com isso!" e continuo com a minha vida.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Dias Difíceis
Quando crescemos com esta vontade louca de ter um filho torna-se ainda mais difícil de tentar superar e compreender a infertilidade.
Apesar de há uns meses para cá ter deixado de fazer o mínimo tabu acerca do assunto, isso não torna a minha dor e o meu sofrimento menor. Bem pelo contrário. Ao tentar mostar-me forte a falar acerca do assunto, escondo as minhas fragilidades e segurança.
Ultimamente a questão dos bébés não tem sido muito fácil. Há minha volta estão a aparecer como "cogumelos". Parece que todos estão a planear bébés e a consegui-los sem grandes dificuldades. Fico feliz por eles...Mas ao mesmo tempo ainda mais incompreendida.
Cada vez me custa mais.
Pensei que depois de 3 meses de pilula e com este ciclo de Dufine ia ter boas notícias. Eu merecia boas notícias. Mas não.
Ao 11 dia do cilco, na ecografia de controle a GO apenas descobriu 1 folículo com 1.3mm, que, segundo palavras dela "podia ou não amadurecer". Segundo a minha ginecologista, ao menos os ovários pareciam bem melhor, e "não havia estragos". Pode não haver estragos, mas continuam parados, impávidos e serenos, e eu continuo sem ao menos durante o resto do ciclo pensar, sonhar ou imaginar uma possível gravidez.
Apenas vou tomar dufine mais uma vez, no próximo ciclo. Depois passamos às injecções.
E eu pergunto-me todos os dias porque é que tenho de passar por isto.
Porque é que ter um filho foi sempre tão importante para mim? Porque é que sempre me imaginei grávida e com filhos?
O pior de ter deixado de ter este tema como tabu, é que deixou de ser uma problema meu e do M. Passou a ser um problema de toda a família. E são os "paninhos quentes" que agora põem à minha volta. Quase que me irrita mais que a propria infertilidade.
E é a festa dos 4 anos da minha sobrinha no sábado. Eu não quero ir. Não quero ver o JM, nem a MI, nem o G, nem o J.Não quero ir, mas não posso faltar.
Têm sido mesmo dias difíceis!
Apesar de há uns meses para cá ter deixado de fazer o mínimo tabu acerca do assunto, isso não torna a minha dor e o meu sofrimento menor. Bem pelo contrário. Ao tentar mostar-me forte a falar acerca do assunto, escondo as minhas fragilidades e segurança.
Ultimamente a questão dos bébés não tem sido muito fácil. Há minha volta estão a aparecer como "cogumelos". Parece que todos estão a planear bébés e a consegui-los sem grandes dificuldades. Fico feliz por eles...Mas ao mesmo tempo ainda mais incompreendida.
Cada vez me custa mais.
Pensei que depois de 3 meses de pilula e com este ciclo de Dufine ia ter boas notícias. Eu merecia boas notícias. Mas não.
Ao 11 dia do cilco, na ecografia de controle a GO apenas descobriu 1 folículo com 1.3mm, que, segundo palavras dela "podia ou não amadurecer". Segundo a minha ginecologista, ao menos os ovários pareciam bem melhor, e "não havia estragos". Pode não haver estragos, mas continuam parados, impávidos e serenos, e eu continuo sem ao menos durante o resto do ciclo pensar, sonhar ou imaginar uma possível gravidez.
Apenas vou tomar dufine mais uma vez, no próximo ciclo. Depois passamos às injecções.
E eu pergunto-me todos os dias porque é que tenho de passar por isto.
Porque é que ter um filho foi sempre tão importante para mim? Porque é que sempre me imaginei grávida e com filhos?
O pior de ter deixado de ter este tema como tabu, é que deixou de ser uma problema meu e do M. Passou a ser um problema de toda a família. E são os "paninhos quentes" que agora põem à minha volta. Quase que me irrita mais que a propria infertilidade.
E é a festa dos 4 anos da minha sobrinha no sábado. Eu não quero ir. Não quero ver o JM, nem a MI, nem o G, nem o J.Não quero ir, mas não posso faltar.
Têm sido mesmo dias difíceis!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Mais do mesmo
Lá fui eu, sozinha e esperançada à primeira consulta de 2009.
Afinal as novidades não foram muitas, e não foram boas, nem más. Mais do mesmo. E aquilo que eu e a GO já tinhamos falado anteriormente.
Recomeçar o cocktail de comprimidos - Dufine, Estrofen e Duphaston, desta vez sem pausa, depois de 3 meses de Diane 35.
Ou seja recomeço hoje, ao 2º dia do ciclo a tomar esta tralha toda, com esperança que os meus ovários tenham vontade de produzir alguns folículos.
Dia 22 ou 23 de Janeiro lá vou eu para a ecografia de rotina, para ver se há ou não folículos. A partir daí poderei ter um mês de esperanças renovadas e de alguma ansiedade, ou, logo à partida saber que as hipóteses de engravidar serão reduzidas.
Novos e possíveis passos a dar, só depois dessa ecografia e dos seus resultados.
(Queridos ovários: Tiveram descansados durante 3 meses, sem terem que trabalhar e a serem "alimentados". Vejam lá se depois da pausa vêm com vontade e forças para trabalhar bem. Pensem bem. Se trabalharem bem só desta vez, pode ser que nem precisem de voltar a trabalhar este ano. Que acham? Temos acordo?)
Afinal as novidades não foram muitas, e não foram boas, nem más. Mais do mesmo. E aquilo que eu e a GO já tinhamos falado anteriormente.
Recomeçar o cocktail de comprimidos - Dufine, Estrofen e Duphaston, desta vez sem pausa, depois de 3 meses de Diane 35.
Ou seja recomeço hoje, ao 2º dia do ciclo a tomar esta tralha toda, com esperança que os meus ovários tenham vontade de produzir alguns folículos.
Dia 22 ou 23 de Janeiro lá vou eu para a ecografia de rotina, para ver se há ou não folículos. A partir daí poderei ter um mês de esperanças renovadas e de alguma ansiedade, ou, logo à partida saber que as hipóteses de engravidar serão reduzidas.
Novos e possíveis passos a dar, só depois dessa ecografia e dos seus resultados.
(Queridos ovários: Tiveram descansados durante 3 meses, sem terem que trabalhar e a serem "alimentados". Vejam lá se depois da pausa vêm com vontade e forças para trabalhar bem. Pensem bem. Se trabalharem bem só desta vez, pode ser que nem precisem de voltar a trabalhar este ano. Que acham? Temos acordo?)
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Um Novo Ano...
Há já muito tempo que aqui não venho, mas também não tenho nada de novo para contar.
O plano inicial de tomar a pílula apenas durante dois meses, alterou-se para três, devido à epoca natalícia, pouco dada para se andarem a fazer induções e consequentes ecografias de controle.
Amanhã acabo o terceiro ciclo com a pílula e tenho nova consulta de ginecologia.
É da maneira que começo este novo ano com esperança renovada neste bébé tão desejado.
No fundo tento não pensar muito nisto.
O ano de 2008 que agora acabou foi um ano muito difícil, complicado e que não me deixou nenhuma boa recordação, principalmente a nível profissional. De tal maneira em que houve alturas que até fiquei contente por estar a tomar a pílula, e por saber que não iria conceber o meu bébé neste ano que me marcou tão negativamente.
Como qualquer novo ano merece, aguardo 2009 cheia de esperança e de vontade de concretizar o meu sonho mais desejados.
Bom Ano para todos!
O plano inicial de tomar a pílula apenas durante dois meses, alterou-se para três, devido à epoca natalícia, pouco dada para se andarem a fazer induções e consequentes ecografias de controle.
Amanhã acabo o terceiro ciclo com a pílula e tenho nova consulta de ginecologia.
É da maneira que começo este novo ano com esperança renovada neste bébé tão desejado.
No fundo tento não pensar muito nisto.
O ano de 2008 que agora acabou foi um ano muito difícil, complicado e que não me deixou nenhuma boa recordação, principalmente a nível profissional. De tal maneira em que houve alturas que até fiquei contente por estar a tomar a pílula, e por saber que não iria conceber o meu bébé neste ano que me marcou tão negativamente.
Como qualquer novo ano merece, aguardo 2009 cheia de esperança e de vontade de concretizar o meu sonho mais desejados.
Bom Ano para todos!
Subscrever:
Mensagens (Atom)