quinta-feira, 16 de outubro de 2008

De novo na GO

Na sexta feira passada, já com os resultados das análises hormonais na mão, lá fui até ao consultório da Drª.
Olhou para as análises e concluiu: "- o que se esperava - valor da progesterona muito baixo!"
Mandou-me despir e lá fomos fazer nova ecografia.
Os resultados foram os que eu menos esperava, e tive de fazer um esforço para não chorar!
Descobriu algum líquido nos ovários e um quisto (segundo ela normal nos ovários como os meus, e que acabam por desaparecer naturalmente).
A conclusão final foi uma receita para a pilula, e a certeza de ter de esperar assim 2 meses.
Mal acabe duas carteiras, começaremos novamente com a indução com Dufine.
Aguardo pacientemente a vinda da menstruação para recomeçar a pilula. Tendo em vista que mesmo depois de ter tomado Duphaston desde dia 6 a dia 10 de Outubro, e com um ciclo de já 32 dias, esperar continua a ser a única coisa que posso ir fazendo.
Entretanto vejo os bébes dos meus amigos e conhecidos. Ouço histórias de nascimentos e de gravidez. Vejo desconhecidos que passeiam os seus adoráveis rebentos pelas ruas. Respondo delicadamente às perguntas acerca de quando terei um filhos.
E a única coisa que posso fazer é aguardar.
Qual o meu estado de espírito?
Não sei bem.
Se tenho dias em que os bébes quase não me afectam, e que consigo ser racional ao ponto de esperar sem qualquer incómodo, outros há, em que desvio a cara ao vislumbrar criancinhas.
Penso diáriamente na minha "meta" de ter filhos antes dos 30.
Começou por querer ter 2 criancinhas antes dos 30.
Passou depois para 1.
Agora era mais engravidar antes dos 30.
Mas, com os 30 aí a porta, e com os ainda mais 2 meses de espera, deixei de marcar qualquer tipo de objectivo parental para a minha vida.

Deus nunca nos dá cruzes que não podemos suportar.

1 comentário:

Susana Rodrigues disse...

Pois não. Deus sabe o que faz. Eu também tinha as mesmas metas que tu, que foram sendo ajustadas à vida que estava a levar. Também queria muito ter engravidado antes dos 30, feitos em Janeiro (uma vez que já era impossível ser mãe antes dos 30), depois queria dar esse presente ao meu pai (em Março), depois ao meu sogro (em Abril), depois a mim e ao meu meia-laranja (em Maio, aniversário de casamento) e finalmente, em Junho, já a caminho dos 31 o presente lá chegou... E queres mesmo saber? As antigas metas perderam importância e agora pensamos é no futuro e em como ansiamos tê-lo nos braços, saudável e forte.

Não te sintas mal por desviar o olhar de grávidas e bébés. É um processo natural que vivemos quando não estamos a conseguir alcançar um objectivo. Mas como bem disseste, Deus sabe o que faz e o teu momento chegará.

Beijinho